A morte do jovem Allan Ragner, ex-jogador do S. C. Genus, ainda repercute e causa comoção pela forma trágica, perversa e cruel, ao ser esfaqueado no pescoço após confundir um endereço e bater palmas na casa errada. Crime ocorrido no bairro Ulisses Guimarães no domingo, 17 de julho.
Águida Cristina, irmã de Allan Ragner, falou sobre a morte do irmão, e disse que sua mãe, perdoou o assassino, mas quer justiça no caso. Águida ainda expressa a dor que sentem, e relata que a família está desolada com o tamanho da tragédia e a forma como seu irmão foi morto.
"O meu irmão era um rapaz muito bom, era um ótimo filho, irmão, tio e amigo. Sempre foi muito carinhoso. Eu ajudei a minha mãe criar ele. Pra mim é como se eu perdesse meu filho também. Quando sofri um acidente e fiquei totalmente dependente, o Allan colocou comida na minha boca e cuidou de mim. Como uma pessoa dessa pode ser alguém ruim? Ele sempre foi muito prestativo, parece que sabia que iria embora cedo", relata.
O CRIME
Allan Ragner, 27 anos, foi morto quando retornava a pé para a casa onde acontecia um encontro de amigos, no bairro Ulisses Guimarães, zona leste de Porto Velho, quando errou o endereço e bateu palma, no portão de uma casa na rua Tulipa. O morador que segundo informações estava visivelmente embriagado, abriu o portão e esfaqueou Allan no pescoço. O jovem ainda correu, mas caiu logo adiante. Ainda chegou a ser socorrido a unidade de saúde do bairro, mas não resistiu indo a óbito.
Águida acredita que seu irmão confundiu a casa dos amigos com a do acusado, Allan residia da zona sul de Porto Velho, onde morava com a família.
"Ele foi convidado pelos amigos para ir lá na social. Aí tinha um amigo que estava bêbado e ele foi deixar a moto do rapaz na casa dele. Quando retornava para a social, bateu no portão errado. No entanto, a única reação dele ao levar a facada, que ele não estava esperando, foi correr", relembra.
O PERDÃO
De acordo com Águida, a mãe de Allan decidiu perdoar o acusado do homicídio, Carlos Roberto da Silva, mas a família quer justiça.
"Somos de uma família tradicional cristã. Minha mãe é missionária na igreja na qual Allan foi velado. Ele tinha princípios cristãos, foi criado na igreja e era temente a Deus. Minha mãe já perdoou o assassino. Ela disse que prefere seguir o que Jesus falou, mas acredita na justiça, e a família espera que a justiça do homem seja feita", finalizou.
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